Mania de controlar os passos do parceiro ou de outras
pessoas amadas. Essa é uma das características de uma pessoa que é tão
ciumenta, que chega a ser possessiva. Este caso já é denominado, pelos
psicólogos, como sintoma de doença psicológica. Se você sofre ao sentir ciúmes,
será que está tão fora do controle a ponto de precisar de ajuda terapêutica? Ou
apenas uma reflexão lhe fará mudar?
A terapeuta comportamental Ramy Arany, co-fundadora do
Instituto KVT (www.kvt.org.br), diz que uma pessoa possessiva e controladora é
aquela que se comporta controlando as ações, sentimentos, forma de pensar e
decisões do outro - ou outros. "A tendência é de ter controle sobre tudo,
ser egoísta, sentir irritação, contrariedade e até agressividade quando as
coisas escapam de seu controle", acrescenta. Segundo a terapeuta, isso
pode acontecer de forma mais superficial ou mais profunda, dependendo da
intensidade da possessividade.
E não é só em alguns casos que a pessoa possessiva quer
ter controle, mas chega a vários outros âmbitos. "Geralmente este apego
tende a começar pelo emocional e se amplia para outras áreas, caso a pessoa não
reconheça esta tendência", diz Ramy. A possessividade, para ela, deve ser
tratada com psicoterapia e dependendo da gravidade até com medicamentos.
"É preciso antes a compreensão da pessoa das causas que geraram o desejo
por controle".
Se a pessoa ciumenta percebe seus atos e que está
querendo ter controle sobre o outro, ainda pode refletir sobre o que a está
incomodando para ter uma conversa sincera com o parceiro, para então juntos,
chegarem a um acordo de como a situação pode ser controlada - e não um ou
outro. O ciúme é o sentimento que gera a possessividade, ou seja, é preciso
analisar o porquê desse primeiro sentimento. Depois, analisar se consegue ter
autocontrole - sem sentimentos de contrariedade - ou se precisará de ajuda
profissional para isso.
"Neste caso a pessoa deve pedir ajuda terapêutica
para que possa entender o porquê de sua existência, para que possa transformar
os ciúmes em autoconfiança. Sem antes saber as causas, as razões que estão por
trás deste comportamento não há condições da pessoa fazer exercícios para se
livrar da possessividade", afirma a terapeuta. "A verdadeira cura
está em tratar a causa, não somente os efeitos da doença", conclui.
(Por Viviam Santos - http://anamariabraga.globo.com/home/canais/canais-zen.php?id_not=4612)
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