Amar Demais... Um Erro!

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sábado, 16 de abril de 2011

Amor Bandido – Mulheres que amam (errado) demais

Autor: cidadão quem?


Um amigo estava me chamando a atenção para o fato de muitas mulheres sentirem-se atraídas por homens que vivem uma vida desregrada. Diz que na novela das oito da globo, viver a vida, tem um caso destes e reflete bem a realidade. Eu nem assisto muito a novelas, mas andei pesquisando um pouco sobre o assunto.
  
A criação histórica dada à mulher brasileira favorece mesmo que muitas extravasem seu lado “aventureiro” e acabem realizando fantasias ao lado de um amor bandido. Mas isto explica só parte do problema. A alma feminina é bem mais complexa que isto e nem mesmo os especialistas chegam a um consenso sobre o tema.
  
No filme Carandiru, um bandido relata (está no livro também, logo provavelmente seja verdade) como conseguiu manter duas famílias ao mesmo tempo. A garota, até então certinha e mimada, não titubeou em trocar o noivo honesto e trabalhador pelo cara que –arma em punho – o colocou para correr. Depois ainda aceitou dividir o amor do criminoso com uma prostituta barata.
  
O criminoso conhecido pelo “vulgo” de “maníaco do parque”, condenado a quase 300 anos de cadeia por crimes sexuais é até hoje o campeão de cartas de amor no presídio onde mora e até conseguiu casar com uma universitária de classe média, em que pese o casamento ter acabado em menos de três anos, por a moça ter descoberto a roda traços de violência e mudança de humor em seu amado.

 Outro famoso bandido conhecido como “O bandido da luz vermelha”, famoso por roubar os pertences dos homens e o coração das mulheres, tem uma fiel admiradora até hoje, que zela por seu tumulo e lhe envia ainda cartas de amor.
  
Bandido reúne a falsa imagem de poder ao que é proibido e isto sem duvida é uma armadilha para corações femininos machucados e cabeças irrequietas.
  
Mas o fenômeno não se resume ao romantismo ilusório dos bandidos. Muitas se sujeitam a homens violentos, viciados e dependentes químicos em geral, mulherengos e todo tipo que mereça o repudio da maioria das mulheres ou pelo menos o repudio pelo senso comum.
  
Apanham, sofrem humilhações e privações de toda sorte, mas são incapazes de dar um basta ao relacionamento pernicioso. É como um vicio ou uma patologia já que não trás nenhum beneficio a mulher. Quem não conhece um casal que vive literalmente entre tapas e beijos, mas nunca se separa?
  
O grupo MADA (mulheres que amam demais anônimas) presta socorro a estas mulheres e algumas obras literárias tentam explicar (ou entender) o problema.

Fonte: http://blig.ig.com.br/cidadao_sos/2009/11/22/amor-bandido-mulheres-que-amam-errado-demais/
  
Amor bandido
Eliane de Souza - Do Diário do Grande ABC

O primeiro capítulo da novela global Viver a Vida acompanhou a perseguição policial a Sandrinha (Aparecida Petrowky) e Benê (Marcelo Mello). A cena foi só uma pequena parcela de todos os traumas que esse amor bandido vai trazer à irmã da protagonista Helena (Taís Araújo). Sandrinha teve um filho com o namorado criminoso, que só não pediu o aborto da criança por acreditar que a gravidez serviria de atenuante para que ele aguardasse por julgamento em liberdade. O relacionamento conturbado foi seguido por ameaças à família da namorada: chegou até a fazê-la de refém com uma faca no pesçoco para fugir da polícia.

Para a infelicidade de muitas, as histórias se repetem constantemente na vida real. O autor Manoel Carlos conta que o drama de Sandrinha se assemelha ao de muitas meninas de classe média, que acabam se envolvendo com pessoas erradas. "Ela teve a mesma educação de Helena, as mesmas oportunidades, a mesma criação, mas escolheu caminhos completamente opostos. Essa é uma realidade presente em muitas famílias brasileiras atualmente."

Mas o que leva uma mulher a viver esse tipo de relação? Para o psicólogo especialista em relacionamentos amorosos, Thiago de Almeida, a procura pelo príncipe encantado ainda norteia a busca pelo companheiro em pleno século 21.

A idealização do homem perfeito pode ser um companheiro manipulador, um criminoso ou até o marido da melhor amiga. "As pessoas não procuram relacionamentos destrutivos, mas a paixão é capaz de minimizar temporariamente a capacidade crítica do raciocínio." A permanência em um relacionamento destrutivo pode ser diagnóstico de paixão patológica. Mulheres com perfil de baixa autoestima, dependência emocional do parceiro, ansiedade e depressão são as mais vulneráveis a relacionamentos perigosos. Pacientes dessa síndrome não dão ouvidos a amigos, familiares e qualquer outra pessoa que tente alertá-la sobre o caráter do parceiro.

A personagem Sandrinha acredita no amor e na possibilidade de que Benê se torne uma pessoa boa, assim como acontece do lado de cá da telinha. Manoel Carlos faz segredo sobre os desdobramentos da história da personagem. Ainda é cedo para dizer se ela sofrerá ainda mais ou se dará a volta por cima.

Para mulheres do mundo real, Thiago Almeida recomenda terapia e tratamento com medicamentos para controle da ansiedade. O Hospital das Clínicas, na Capital, presta atendimento gratuito a pacientes com síndrome de paixão patológica.

Paixão patológica tem cura

A stripper Sandra se envolve com Toninho, um assassino que mata somente motoristas de táxi. O delegado Galvão, pai de Sandra, tem a missão de capturar o assassino e se reaproximar da filha. Este é o pano de fundo do filme brasileiro Amor Bandido, de 1978. Passados 30 anos da película, os desencontros entre amor e criminalidade só ganharam novos contornos.

Simony, cantora mirim dos anos 1980, teve paixão instantânea pelo rapper Afro-X, condenado por assalto a banco. Ela o visitava na detenção toda semana, tiveram dois filhos e selaram o amor atrás das grades com casamento que durou três anos. O motoboy Francisco de Assis Pereira, conhecido nas manchetes policiais como Maníaco do Parque, recebia na penitenciária várias cartas de mulheres apaixonadas. Ele se casou com uma das correspondentes em 2002.

Esses e outros tantos casos são considerados diagnósticos de paixão patológica. A bancária Denise*, 51 anos, do Grupo Mada (Mulheres que Amam Demais Anônimas) explica que o amor bandido não é apenas quando o parceiro tem pé na criminalidade, mas todo tipo de relação em que existe intenção de prejudicar.

O tratamento do Mada é norteado pelos tópicos do livro Mulheres que Correm com Lobos, da psiquiatra Clarissa Estés. Elas procuram a cura dividindo suas histórias em reuniões que lembram as do AA.

A publicitária Glaucia*, 23 anos, participa do grupo. O namorado usava a relação para dizer que estava tentando se recuperar e, assim, atenuar o processo que sofria contra tráfico de drogas. "Eu o conheci quando ele queria se livrar da dependência química. Agora quem está em recuperação sou eu, quero me livrar desse amor que só me faz sofrer."

Para quem não reconhece o amor bandido como drama, resta fazer piada da situação. O blog Homem é Tudo Palhaço (tudopalhaço.blogspot.com) funciona como divã virtual. É lá que a advogada Paula*, 41 anos, dividiu as impressões do namoro relâmpago com rapaz que conheceu pela internet. Eles trocaram mensagens por três meses e decidiram morar juntos. Como ele não conseguia emprego na nova cidade, convenceu-a a pedir um empréstimo de R$ 2.000. "O namoro durou 28 dias, mas o empréstimo eu pago há quase um ano", conta rindo da sorte.

* os nomes foram trocados a pedido das entrevistadas.
 Fonte: http://www.dgabc.com.br/News/5772946/amor-bandido.aspx

"Amor bandido" causa dependência, diz especialista

A personagem Sandrinha, da novela Viver a Vida , está envolvida numa relação caracterizada como amor bandido
Vira-e-mexe o assunto está em alta nas manchetes dos jornais. Na novela Viver a Vida o autor Manoel Carlos coloca mais uma vez o dedo na ferida para falar de um assunto nada simples: o amor bandido. No folhetim, Sandrinha (Aparecida Petrowky), irmã da protagonista Helena (Taís Araújo), está às voltas com uma história de amor com o criminoso Benê (Marcello Melo). O romance conturbado teve direito a ameaças à família da namorada, grávida do bandido.

A diferença da ficção para a realidade é que a novela ou o filme termina, mas na vida real, a solução do problema é complicada. Muitas vezes, a própria mulher não admite a situação, sem perceber que, na verdade, trata-se de uma doença. Aliás, engana-se quem pensa que se apaixonar por criminosos é somente o que caracteriza o chamado amor bandido. O problema vai além.

Segundo a terapeuta sexual e urologista Sylvia Faria Marzano, trata-se de um relacionamento doentio, numa união destinada a muitas doses de sofrimento e dependência. "É aquele que causa na parceira (a maioria dos casos acontece com mulheres)uma dependência como uma droga. É a mulher violentada pelo companheiro e que, mesmo assim, submete-se, vitimiza-se, não tem forças para sair desse jogo, pois ela precisa dele. Envolve medo de rejeição, de não ter como sobreviver, de fazer parte do outro, de ser o que falta no outro", disse a especialista.

Deslumbramento
Um relacionamento desse tipo é silencioso, raramente apresentando "sintomas" no início, principalmente na fase de deslumbramento. "A mulher dificilmente consegue identificar esse problema sozinha, dependendo da fase em que está. Mesmo se for avisada por pessoas de fora, ela se nega a acreditar e continua navegando nessa canoa furada. Necessita desse mal como o ar que respira. Quando perceber, já está muito desestruturada e com a autoestima debilitada", afirmou.

O golpe mais duro, no entanto, e que deixa as mulheres na linha tênue entre desistir da relação ou permanecer nela, é o fato de esses homens se mostrarem bonzinhos em determinados momentos, alguns até fazendo o papel de provedor. Sylvia Marzano cita como exemplo quando a mulher de um alcoolista fala "quando ele não bebe é muito bom para mim".

Ajuda
Sair desse tipo de relação não é fácil, porém não impossível. O primeiro passo, e o mais importante, é a mulher querer sair. E o mais complicado: buscar motivação para seguir na ideia de que a relação não faz bem para ela.

E atenção, a terapeuta alerta que quem passa por isso pode reincidir no problema, ou seja, buscando na multidão aquele que repetirá a sua história, muitas vezes está relacionada à sua família de origem. "Uma relação como essa deixa sequelas, não só na pessoa que se coloca de cabeça, mas também na família, que também necessitará de tratamento", afirmou Sylvia.

Grupos de ajuda funcionam muito bem nesse caso. Com o mesmo preceito do grupo Alcoólicos Anônimos, o grupo Mada (Mulheres que Amam Demais Anônimas), tem o objetivo de orientar as mulheres a se livrarem de relacionamentos destrutivos. Segundo a entidade, a ajuda é oferecida a partir de uma experiência pessoal, sem dar conselhos ou fazer interpretações psicológicas. "Mesmo que não encontre ninguém nas mesmas condições, a mulher poderá se identificar com a forma com que muitas das participantes sentem os efeitos que a dependência de pessoas produz em suas vidas". A frequentadora do grupo não precisa falar nada nas reuniões e é identificada apenas pelo nome.

No Brasil, o Mada (www.grupomada.com.br) dispõe de sedes em 15 Estados. Somente em São Paulo capital, os espaços estão localizados no Centro, Guarulhos, Jardins e Sumaré. No exterior há reuniões em Portugal e na Venezuela.

Histórias na vida real
A vida real está cheia de exemplos de amor bandido levado às últimas consequências. No Brasil, um dos mais comentados à época foi o da cantora Simony, que em 2001 casou-se com o ex-presidiário Afro-X, com quem teve dois filhos. Quando se conheceram ele ainda estava preso no Carandiru.

Nos anos 1980, a jornalista Marisa Raja Gabaglia envolveu-se com o cirurgião plástico Hosmany Ramos, condenado a 21 anos de prisão por assalto e tráfico de drogas. Atualmente ele está foragido da justiça e em agosto de 2009 foi encontrado na Islândia.

Condenado a 147 anos de prisão, o psicopata Francisco de Assis Pereira, conhecido como Maníaco do Parque, recebeu várias cartas de amor de mulheres que queriam salvá-lo. Casou-se com uma delas.

Nos Estados Unidos, Evangeline Grant Redding, produtora de TV, escreveu ao preso James Briley, em 1984. Ele havia liderado a audaciosa fuga de seis condenados à morte e ela queria fazer um livro sobre a aventura. Cinco meses depois se casaram numa cela da prisão.

Em 2001 a alemã Dagmar Polzin viu um cartaz com a foto do norte-americano Bobby Lee Harris, que estava no corredor da morte, sentenciado por assassinato. Ela apaixonou-se pelo assassino, abandonou seu emprego em Hamburgo, na Alemanha, e se mudou para a Costa Leste dos Estados Unidos.

Especial para Terra
Fonte: http://mulher.terra.com.br/interna/0,,OI4083535-EI1377,00-Amor+bandido+causa+dependencia+diz+especialista.html
  
Mulheres que amam criminosos sexuais
Escreve LAURA LOPES

Jornalista que se assustou com a quantidade de cartas de amor que criminosos sexuais recebem na cadeia fez um livro sobre essas mulheres apaixonadas. 

O jornalista e roteirista Gilmar Rodrigues pulou da cadeira quando soube que o Maníaco do Parque, apelido dado a Francisco de Assis Pereira, acusado de 10 mortes e 11 ataques sexuais, era um dos campeões de recebimento de cartas amorosas no presídio em que cumpre os primeiros dos 274 anos de prisão aos quais foi condenado. Como um assassino de mulheres e estuprador conseguiu atrair a atenção e o amor de outras mulheres? Rodrigues pensava ser impossível, mas descobriu que não é. No primeiro mês, Pereira recebeu mais de mil cartas, muitas de mulheres apaixonadas, dizendo que a realidade era diferente e tantas outras argumentações a favor do criminoso. "Essas mulheres correm o risco de se tornarem vítimas desses criminosos", diz o jornalista.

Assustado, Rodrigues resolveu escrever um livro sobre essas mulheres "loucas de amor". Loucas de Amor - mulheres que amam serial-killers e criminosos sexuais, da editora Ideias a Granel e lançado na terça (17) em São Paulo, conta vários casos como o de Pereira, de várias mulheres iludidas e até transcrições de cartas. Segundo o autor, "entre mulheres que se relacionam com criminosos sexuais dos mais diversos tipos, há muitas pobres e nem um pouco atraentes. Mas existem universitárias, mulheres de classe média, mulheres bonitas e, com exceção de uma, sem problemas mentais aparentes". Depois de estudar a fundo a personalidade delas, o jornalista afirma que não se pode desclassificá-las, tratando-as como loucas.

A pesquisa durou quatro anos. Nesse tempo, Rodrigues entrevistou cerca de 80 pessoas, entre presos, visitantes dos detentos, mulheres que se correspondiam com homens condenados por crime sexual, advogados, agentes penitenciários, promotores, jornalistas, juízes, delegados e psiquiatras. De acordo com ele, "na penitenciária de Itaí, no interior paulista, onde estão confinados apenas homens condenados por crime sexual, há mulheres, até casadas, que escrevem para os presos, ansiosas por um relacionamento amoroso", diz.

Alguém se lembra do Bandido da Luz Vermelha (ou João Acácio Pereira da Costa)? Conceição Costa escreve cartas para ele até hoje e mantém seu túmulo limpo, arrumando-o toda semana. "Uma vez por ano, no feriado de finados, coloca flores, frutas e deixa uma carta e mensagens bíblicas escritas em bilhetinhos no jazigo dele", escreve o autor. Ela nutre uma paixão platônica desde que o criminoso era jovem e morava em Joinville, em Santa Catarina. Eles jamais se envolveram. Esse é o lado fantasioso e lírico. Há aquelas que se casam com os presos. Por lei, homens que cometeram crimes sexuais têm de passar por um exame psiquiátrico para receberem visitas íntimas na cadeia. Mesmo assim, sem concretizarem fisicamente o relacionamento, há mulheres que se casam com eles. Aconteceu com o Maníaco do Parque. Marisa Mendes Levy, pós-graduada em História, de família judaica e classe média alta, o viu pela primeira vez na televisão, concedendo entrevista. Ela se interessou e mandou uma camiseta com alguns dizeres. "Depois que ela havia desistido, o viu novamente na TV vestindo a camiseta. Ela escrevia de dois em dois dias para ele, cartas enormes", afirma Rodrigues.

Continuam casados até hoje? Não. Ela começou a perceber comportamentos violentos, atitudes estranhas e mudanças bruscas no comportamento dele. Muitas dessas mulheres que se casam separam depois. Em algum lugar de suas mentes fantasiosas e românticas existe algo que as diz para não seguirem em frente, que as alerta sobre o caminho perigoso que pretendem trilhar. Rodrigues escreve: "Durante todo o trabalho, busquei uma razão capaz de explicar o fenômeno, explicar essa atração feminina. Em vez de encontrar duas ou três respostas diretas, elas se multiplicaram em cada caso, cada vida. Em mim sobrou uma profunda tristeza. Um retrato perturbador da solidão e da miséria humana".

Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI105582-15228,00-MULHERES+QUE+AMAM+CRIMINOSOS+SEXUAIS.html

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