21 anos, homem, descobriu o HIV há 6 meses
Viver com HIV é...
Triste.
É uma coisa que fica
oculta, que a gente vive escondendo. Eu me sinto muito inseguro com meus amigos.
Meu corpo é normal, eu não tenho problema nenhum. A única coisa que muda com o
HIV é a cabeça. Para os outros, a gente se sente incapaz.
18 anos, homem, descobriu o HIV há 4 anos
Viver com HIV é...
Normal.
Me sinto uma pessoa
normal, não sou diferente só porque tenho HIV. Eu tenho muitos sonhos, planejo
muita coisa. Comparando com o que eu era há 4 anos, hoje sou uma pessoa mais
libertada. Antes eu era muito bloqueado. Sou o que sou, não tenho que ficar me
escondendo para ninguém.
53 anos, mulher, descobriu o HIV há 9 anos
Viver com HIV é...
Entender que há limites.
Descobri que tenho o
vírus por acaso, fazendo um check-up no qual pedi ao médico para incluir o
exame anti-HIV. Foi uma surpresa ver o resultado, pois não imaginava que tinha
o HIV. Essa descoberta precoce foi a melhor coisa que poderia me acontecer.
Antes eu não tinha limites e hoje eu sei que eles existem. Não é o fato de eu
ser soropositiva que me limita. Todo ser humano tem seus limites, mas eu só
descobri os meus quando descobri o HIV. Hoje eu vivo muito bem e até me esqueço
que sou soropositiva. Só me lembro quando tocam no assunto. Minha família me
aceita e não se envergonha com isso. Não tomo nenhum medicamento e tenho uma
vida de luta, tomando conta de minha mãe idosa, que depende de mim para tudo.
Minha família diz sempre que me ama, e isso é o mais importante. Queria que
todos pensassem como minha família, porque o que mata não é a Aids, é o
preconceito.
Homem 48 anos
É ter maior
compromisso com a saúde e adquirir uma nova postura de vida. Após o diagnóstico
ninguém consegue ficar do mesmo jeito, por isso deve se adotar um novo estilo
de vida em que a saúde deve sempre vir em primeiro lugar.
Homem 26 anos
O HIV afastou as
pessoas preconceituosas da minha vida, aquelas que só me queriam mal. Em
compensação, as pessoas que permaneceram ou se aproximaram após o diagnóstico,
são as que me importam, pois demonstram todos os dias que realmente gostam de
mim e não enxergam o meu vírus como uma ameaça. Por minha causa passaram a ver
o HIV com outros olhos e perceberam que viver com Aids não é nada demais.
Homem 37 anos
É uma questão que não
penso. Na verdade nem sinto que vivo com HIV, pois o sublimei da minha vida. Eu
tomo os retrovirais, mas é um ato involuntário, uma atitude automatizada.
Apesar de fazer parte da rotina, pratico os exercícios físicos por puro prazer
e não sinto que ser portador do vírus tenha mudado minha vida
significativamente.
Mulher 47 anos
Não tem nada demais.
Pra mim é a mesma coisa de quando eu vivia sem HIV. A única coisa que mudou foi
acrescentar os retrovirais ao meu dia a dia, nem mesmo efeitos colaterais eu
tive. E para completar já praticava exercícios físicos antes mesmo do vírus,
então até nesse aspecto tudo permaneceu igual.
Mulher 47 anos
É como se fosse
qualquer outra doença. A palavra Aids tem muito peso para as pessoas, é algo
que assusta por tudo o que já se falou sobre ela quando ainda nem existia
controle sobre o vírus, mas para mim não acrescenta em nada. Ser soropositiva
não é o fim do mundo como as pessoas pensam. Eu, por exemplo, não tenho apenas
o HIV, tenho também hepatite, glaucoma e hipertensão. Mas é tudo tão tranqüilo,
que é como se eu tivesse apenas um resfriado.
As pessoas precisam parar de serem preconceituosas, ngm escolhe ter HIV, mas dá pra viver sim com isso, a vontade de viver é mais forte.
ResponderExcluirbjs
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