Workaholic é uma expressão americana que
designa uma pessoa viciada em trabalho. Um vício que muitas pessoas apreciam,
afinal, como dizem os antigos, “o trabalho enobrece o homem”. Isto significa
que ser viciado em trabalho é saudável para qualquer indivíduo, certo? Errado!
Para Vera Iaconelli, psicanalista pelo
Instituto Sedes Sapientiae, mestre em Psicologia pela USP e coordenadora do
Instituto Gerar de Psicologia Perinatal, qualquer área de atuação do indivíduo
que tenha prevalência permanente sobre as demais, chegando a prejudicar a vida
social, a profissional, a saúde, as relações familiares e cuja dedicação não
possa ser minimizada voluntariamente, pode estar associada à adição ou vício.
“Em alguns momentos da vida podemos ter uma
dedicação excessiva a um projeto de trabalho, de forma consciente, visando um
período posterior de descanso ou compensação nas outras áreas, mas é a
impossibilidade de equilibrar os outros interesses que vai revelar a compulsão
profissional”, alerta a especialista.
A psicanalista destaca que nem todos podem
escolher trabalhar menos por uma questão de sobrevivência. No entanto, se a
saúde, a vida social e as relações familiares estão sendo prejudicadas por um
excesso de investimento no trabalho, há necessidade de avaliar as reais
motivações do sujeito.
Ela acrescenta que em muitos casos as
justificativas são paradoxais: o dinheiro adquirido não poderá ser gasto de
forma satisfatória, pois não há tempo para viajar, nem de passear com o carro
novo, não há tempo de ir a encontros sociais ou frequentar a própria casa. “O
sujeito toma pra si o sustento de toda a família incluindo filhos adultos e
netos, criando um círculo vicioso que justifica sua ocupação profissional
permanente. Ainda encontramos indivíduos que são perdulários e acabam ‘tendo’
que trabalhar o tempo todo para cobrir os gastos que eles mesmos fazem questão
de manter desnecessariamente altos.”
(http://www.universodamulher.com)
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