As emoções negativas e principalmente a
tentativa de negá-las provocam grandes descargas hormonais no nosso corpo.
Essas descargas aumentam o desconforto físico, gerando cansaço e
irritabilidade, diminuindo a concentração, respostas inadequadas aos problemas
e produzindo o chamado desequilíbrio emocional. Se esse estado persiste provoca
o stress. Quando somos submetidos a um forte stress, nosso corpo é colocado em um
ritmo de vida acelerado, o que vai comprometer o repouso, o lazer, a
alimentação.
A grande dificuldade em lidar com nosso
mundo emocional está na pouca ênfase que sempre foi dada a essa área pela
sociedade. Toda nossa educação formal e informal privilegiou o desenvolvimento
intelectual, os desenvolvimentos físico, social, moral, religioso e esqueceu o
desenvolvimento psicológico. Até há pouco tempo, procurar um psicólogo ou
psiquiatra era sinônimo de “estar doido”. Somente agora o mundo descobre que ser
feliz ou infeliz é uma questão emocional. Temos sentimentos positivos e
negativos. Os sentimentos prazerosos são os positivos: amor, alegria, paz,
esperança, aqueles que nos fazem sofrer são os negativos: mágoa, culpa, ciúme,
inveja, ansiedade etc.
O círculo vicioso que se estabelece só
poderá se resolver a partir da compreensão de alguns pontos essenciais da vida
psicológica. Devemos em primeiro lugar partir do mais próximo e mais concreto:
o corpo. Todas as emoções acontecem corporalmente. A tensão, por exemplo, é uma
preparação muscular para a luta. A raiva é uma concentração excessiva de
energia, de noradrenalina e adrenalina no organismo. Relaxar o corpo, através
de exercícios físicos, ioga, meditação, dança, musculação, etc ou mesmo através
de remédios, além de um alívio quase imediato, predispõe nosso organismo para
uma “nova vida”. O papel principal do stress é nos alertar para uma mudança de
vida. Submetidos a pressões internas e externas, entramos numa luta constante
contra a vida, a realidade e perdemos a consciência de que estamos na vida para
saboreá-la, ou seja, viver.
Não basta, porém atacar os sintomas. É
preciso mudar o nosso estado mental. Inúmeras pesquisas provam que o estado
mental exerce uma influência direta na produção, manutenção, ou resolução do
stress. Nossos pensamentos, dependendo da sua qualidade podem alimentar ou
enfraquecer nossos sentimentos negativos. Atrás de nossas angústias, há um
excesso de pensamentos angustiantes, atrás do ciúme, pensamentos ciumentos,
atrás do medo pensamentos que nos ameaçam constantemente. E assim como o pensar
pode ser nosso principal inimigo também pode ser nosso melhor aliado. A
verdadeira função da razão é organizar nossas emoções, formular melhor a
realidade e nos auxiliar na mudança de padrões e crenças. Ao mesmo tempo em que
as pessoas hoje são submetidas a uma maior possibilidade de stress, há, por
outro lado, uma maior compreensão e disponibilidade de como tratá-lo. Para uma
vida equilibrada e, portanto, feliz, alguns pontos merecem atenção. Esses
pontos correspondem a uma mudança nos nossos estados mentais e emocionais.
Seja você mesmo seu melhor amigo.
Valorize-se enquanto pessoa, não sendo muito exigente com você. Invista no seu
auto-conhecimento, ao invés de se torturar com uma imagem perfeccionista de
como você “deveria ser”. Amar a si mesmo é descobrir suas verdadeiras
necessidades na vida lembrando-se que não são apenas materiais. Relaxe
diariamente. Através de inúmeros exercícios de relaxamento podemos reorganizar
as emoções negativas, aquietar nossos pensamentos destrutivos e descansar o
corpo. Uma ajuda profissional se não estiver conseguindo progressos na
desaceleração da sua vida e no saborear de existência. A dor psicológica é um
sinal de onde nos paralisarmos emocionalmente. Retornar o ponto de crescimento,
com urgência, pode nos redirecionar do stress para a felicidade. Felicidade é
consciência. De nossas mudanças. Antes de tudo, porém, é preciso querer.
(Por Antônio
Roberto- http://www.antonioroberto.com.br)
Nenhum comentário:
Postar um comentário