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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Síndrome da pressa



Você já acorda apressada, se desdobra em mil para escolher uma roupa, fazer a maquiagem, tomar café da manhã e organizar o dia, corre para o trabalho, encontra mil tarefas “para hoje” esperando por você. A sensação de que não há tempo suficiente para cumprir os afazeres do dia a dia, mais do que um incômodo, é uma questão de saúde.
O alerta é de pesquisadores da PUC Campinas, em São Paulo. Eles descreveram recentemente a Síndrome da Pressa, um problema comum, mas nem sempre percebido. Isso porque a maioria de nós considera normal viver presa ao relógio, sempre com horários apertados, sempre com urgência. O problema é quando essa necessidade de fazer tudo agora, o mais rápido possível, extrapola um limite e começa a afetar a saúde. 
O estudo realizado pela PUC Campinas acompanhou os moradores de grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas e descobriu que o comportamento que caracteriza a Síndrome da Pressa estava presente em 65% deles. Entre executivos, o índice é ainda maior, chegando a 95%. A forma patológica da doença – quando podem surgir problemas de saúde relacionados à síndrome – atingiria cerca de 10% da população. 
Dados do International Stress Management Association do Brasil (Isma-BR) são um pouco mais preocupantes. De acordo com a instituição, 30% dos brasileiros já sofrem com o problema. Embora não tenha sido definida como uma síndrome anteriormente, a pressa já é estudada desde a década de 80.
A Síndrome da Pressa não é considerada uma doença e sim um conjunto de comportamentos que caracterizam o sentimento de urgência para realizar as tarefas diárias. E esses comportamentos são fáceis de identificar. Se você fala rapidamente, abrevia as palavras ao escrever, se anda rápido e vive com uma agenda onde anota todos os compromissos e lembretes, você pode estar sofrendo com a pressa excessiva. A empresária Márcia Lenzi, 49 anos, conta que passa por algumas dificuldades no dia a dia por causa da ansiedade. “Eu assumo mil compromissos, quero resolver tudo e acabo esquecendo informações ao longo do dia”, conta, e completa “é praticamente impossível parar para prestar atenção ao que alguém diz sem pensar em outras coisas. Costumo comer rápido também, andar rápido”.
Outros sinais comuns são o hábito de fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo, segurar objetos com força, sentar na ponta da cadeira, manter os músculos tensionados o tempo todo ou não ter paciência pra as situações corriqueiras. Pessoas que têm pressa buzinam se o carro da frente demora para arrancar e se irritam quando alguém atravanca uma fila por qualquer motivo. Elas costumam se comportar de forma hostil e impaciente, não tolerando atrasos, interrompendo a fala dos outros, se concentrando na quantidade de tarefas realizadas ao invés da qualidade. O sono também costuma ser agitado e as pessoas apresentam problemas para memorizar informações, esquecendo-se constantemente de nomes, endereços, telefones, compromissos, entre outros. 
Esse imediatismo, além de comprometer o bom humor, está associado a problemas cardíacos, como infartos e hipertensão. Uma alimentação deficiente também é comum entre os apressados, que podem desenvolver problemas gástricos e transtornos alimentares.
Os apressados também sentem a consciência pesada quando estão parados ou não têm nada para fazer, o que os mantém em um estado de tensão. A ansiedade é um sentimento constante, ao invés de aparecer esporadicamente, como antes de compromissos importantes. Muitos desses comportamentos são recorrentes na rotina de Márcia. “Eu trabalho o dia inteiro, pratico esportes, não fico parada”, conta. A sensação de frustração também aparece com frequência: “não consigo descansar, parece que estou perdendo tempo. Sempre que ‘sobram’ alguns minutos, começo a fazer alguma coisa. Pode ser arrumar a casa, organizar os armários, consertar alguma coisa...”.
A pressa compromete a qualidade do trabalho e a relação com os conhecidos, que sofrem com a agressividade do apressado por não acompanhar seu ritmo. 
É importante perceber essas características e saber que a pressa excessiva não é normal. Afinal, ninguém pode realizar várias tarefas de maneira eficaz em um período curto de tempo. Se você perceber que essa sensação de urgência constante está incomodando, procure formas de freá-la. Boas opções são os tratamentos alternativos, como yoga, que relaxa, acalma e diminui a ansiedade. Caso necessário, procure orientação de um psicólogo.

(http://www.meiafina.com.br)

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