Às vezes é tão difícil esquecer, deixar passar, sem olhar
pra trás, e tentar se desprender de toda uma fantasia existente na sua cabeça,
de que tudo ia dar certo.
Estou passando por isso agora, eu acreditei tanto numa
relação e idealizei um homem perfeito pra mim, pena que eu não fui e não sou
perfeita para ele. Até porque no fundo ele não tem nada haver comigo, nem é o
que eu queria mesmo. Foi só mais um personagem da minha história de busca
incessante por um parceiro ideal, aquele que vai me amar incondicionalmente,
vai me cuidar, por no colo, que irá retribuir todo esse amor que dou demais.
É muito complicado entender tudo isso que se passa comigo
e com muitas outras mulheres na mesma situação, a maioria diz: “Desiste desse
cara logo, parte pra outra ele não te merece!”
Queria que fosse fácil assim, eu consigo ter consciência
de que esse amor, na realidade nem é amor é obsessão, porque amor mesmo, como
diria Renato Russo: “Se o amor é verdadeiro, não existe sofrimento...”
É uma obsessão que dói demais em não poder controlar, e
ter a pessoa (objeto de obsessão) da maneira que ser quer, plenamente. Daí nos
dedicamos demais, fazemos demais pela pessoa, para obter reconhecimento, ser
boa o suficiente e vivemos como se o mundo só tivesse sentindo se aquela pessoa
estive por perto.
Sou uma MADA em recuperação, e percebo que continuo mesmo
depois de muito aprendizado sendo dependente de pessoas. Ai, eu me pergunto “Meu
Deus eu sou doente? Eu tenho cura?”
Viver no mesmo
ciclo só mudando o personagem, é muito torturante, mas não é uma escolha minha,
é algo lá no passado que me faz ter essa busca incessante. Algo que ainda estou
trabalhando. E espero o mais breve possível concertar, e poder viver feliz só
comigo mesmo, e aproveitar a vida sem esperar muito das pessoas que me cercam.
Só Por Hoje.
Andreza.