Amar Demais... Um Erro!

Amar Demais... Um Erro!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

O CÉREBRO E O AMOR


Superar o fim de um relacionamento nem sempre é fácil. Especialista comportamental explica o que acontece com o cérebro, quando estamos apaixonados. Para aqueles que desejam esquecer um grande amor, ele oferece valiosas dicas.

Esquecer um grande amor ou se recuperar de um famoso ‘pé na bunda’, é tarefa árdua, principalmente para as mulheres que costumam ser mais emotivas. Um especialista comportamental da Universidade de Lowa, EUA - tem uma teoria, baseada em estudos cerebrais, que pode ser de grande valia para quem anda com o coração partido.

Quase todos os mecanismos utilizados para curar uma ferida de amor, são explicados por Antoine Bechara. Ele esteve no 6° Congresso Brasileiro de Cérebro Comportamento e Emoções e explicou através de uma entrevista na web, que ao contrário do que muitos pensam, o cérebro comanda muito mais os sentimentos e as emoções do que o próprio coração, que dispara quando nos deparamos com o grande amor.

A maioria das pessoas já experimentou o sabor da desilusão e certamente deve ter ouvido o conselho: ‘O tempo é o melhor remédio’. Para o especialista, esta expressão é uma das únicas que ainda não foi comprovada através de algum estudo. Segundo Bechara, o tempo nem sempre ajuda, já que as emoções permanecem, principalmente se você insiste em lembrar os bons momentos que passaram juntos. “Existe um sistema dedicado do cérebro que liga na sua memória sensações à determinada emoção. E ela sempre volta, conscientemente ou não”.

E aquele friozinho na barriga quando se encontra o antigo amor? O especialista ressalta que dois sistemas cerebrais explicam essa sensação: ‘amígala’ – responsável por respostas automáticas, as sensações como seu coração disparar e você ter frio na barriga e ‘córtex pré-frontal’, quando você se lembra daquele amor, o que pode desencadear a mesma emoção, mesmo quando ele está a quilômetros de distância. "Isso acontece porque seu corpo reage e a pessoa é vista como uma ameaça – você precisa ficar alerta", diz Antoine Bechara.

Se essas situações lhe causam desconforto e você deseja superá-las por não ter seu amor correspondido, saiba que quando isso ocorre seu cérebro fica em conflito. O especialista explica que de um lado circuitos cerebrais mantêm o amor aceso e do outro, a necessidade de esquecê-lo e seguir em frente. “Aí vai depender do que é mais forte no seu cérebro. Se as recordações ruins forem mais fortes, elas irão ganhar a 'luta' na sua cabeça”, explica.

Mas porque será que a maioria das pessoas fica ainda mais apaixonada quando leva um fora? O neurologista destaca que, em diversos casos, se você levou um fora, é possível confirmar a possibilidade de ficar ainda mais apaixonado. Isso acontece porque, quando nos privamos de algo, nosso corpo sente maior necessidade de ter aquilo. “Quando você se vê sem o controle da situação, você deseja mais aquilo é como, por exemplo, quando somos privados de comida”, alerta Bechara.

Para o especialista comportamental, fome, sede, amor, entre outros, são circuitos similares que se sobrepõem no cérebro. Para Antoine, o melhor mesmo é acreditar no próprio coração: “Acredito que o coração sempre toma as melhores decisões. Nem sempre racionalizar tudo resolve os problemas, enfatiza. Apesar disso, se o coração não ajuda, é racionalizando que podemos, pelo menos, nos livrar do problema”.

Para quem deseja esquecer um grande amor

Lembre-se apenas das coisas ruins. Nada da história de que depois do fim você só deve recordar das coisas boas. Recorde-se também de quando você ficou esperando, dos momentos em que faltou consideração, foi enganado e assim por diante. Para Antoine, quanto mais forte forem os pensamentos negativos, mais fácil será superar o fim do relacionamento.

Mudar seu foco é a melhor estratégia. Nada de passar o dia pensando no amor perdido. Pense nas responsabilidades do trabalho, na possibilidade da sua ascensão profissional e o quanto antes, substitua o antigo relacionamento, por outro. “Não vejo razão neurológica para afirmar que é melhor superar uma relação sozinho e não com outra pessoa. Esse é o caminho mais difícil e por que escolhê-lo, então?”, pergunta Bechara.

Evite frequentar lugares ou se colocar em situações que lembre o antigo relacionamento. Se aquele amor não está na sua frente, para que trazê-lo sempre com você? Se mantiver seu cérebro ocupado com coisas produtivas, não terá tempo para o sofrimento.

O tempo é um excelente aliado para superar a perda de um amor, mas precisamos confessar que a distância também. É muito mais fácil vencer uma perda, mantendo distância da pessoa amada, pois a vendo com freqüência, todas as sensações e emoções voltam à tona. “Tenha em mente que o amor é como um vício, você é sempre vulnerável”, diz o neurologista.

Fonte: http://www.1234voce.com.br/blog/index.php?pageNum_blog=50&totalRows_blog=1487 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...