Amar Demais... Um Erro!

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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Mulheres que amam o homem errado


As mulheres que "amam muito" são aquelas que se sentem atraídas por homens problemáticos, distantes, inacessíveis. Mulheres que depois ficam enganchadas a situações conflituosas por ter formado par com um homem inadequado.

Algumas vezes suas histórias chegam à imprensa, geralmente por maus-tratos, pois elas raramente põem um fim no drama no qual se encontram prisioneiras. Costumam inspirar admiração ou lamento em seu entorno. São responsáveis e empreendedoras, mas com pouco amor próprio. Agüentam o indizível e, no entanto, desculpam seus parceiros.

Sonham com o que poderia ser e assim "ficam presas" ao que não funciona, nem as faz felizes. Rejeitam os homens "agradáveis" porque lhes parecem chatos, insípidos, por outro lado facilmente se sentem irresistivelmente atraídas pelo homem distante. Este funciona como uma droga para elas e chegam a ficar tão obcecadas, que descuidam de seus próprios interesses: família, amigos, trabalho, relações.

Vivem em uma contínua ansiedade, onde o pão de cada dia é o esforço por entender, mudar ou conseguir a atenção do homem "eleito". Gastam suas energias, esgotam o pranto e chegam ao desespero: para elas estar apaixonadas é sofrer. Se depois de tudo isso, você ainda tem dúvidas se faz parte desse grupo de mulher, pode começar a fazer as seguintes perguntas: Para você estar apaixonada significa sofrer?

A maior parte de suas conversas com amigas ou colegas de trabalho são sobre ele? Desculpa seu mal humor, seu mal caráter e sua indiferença? Sublinha nos livros todas as passagens que a ajudariam? Suporta condutas que não lhe agradam pensando que se você for o suficientemente atrativa, ele mudaria? Se sua contestação foi afirmativa, plantéese que sua relação de casal prejudica seu bem-estar emocional e que deve buscar ajuda para superar a situação.

Por que nos apaixonamos por quem não devemos?

Alguma vez você se perguntou por que se apaixonou por quem não devia? Alguma vez lhe ocorreu que não entende como você se interessa por pessoas que sabe que não lhe convêm e que podem lhe fazer mal? As mulheres que se sentem atraídas por homens problemáticos, distantes, inacessíveis, costumam terminar amando o homem errado e sofrendo por amor.

Por que tantas mulheres ficam obcecadas por homens viciados em trabalho, álcool, outras mulheres, televisão, esporte ou drogas? Por que se sentem atraídas por homens imaturos, incapazes de satisfazer suas necessidades emocionais? Por que lhes custa tanto pôr fim a uma relação problemática?

"Apesar de toda a dor e insatisfação que acarreta, amar muito é uma experiência comum para muitas mulheres, que quase achamos que é assim como devem ser as relações de casais", explica a terapeuta americana Robin Norwood, autora do livro "As mulheres que amam muito" (2002).

Se sofro por ti, me amarás?

As mulheres de alcoólatras, de viciados em outras drogas ou de pessoas com desequilíbrios mentais, são mulheres que a vida preparou para buscar o "amor" impossível. Elas se enredam em situações onde o amor é um fim a ser conquistado. Sonham em salvar o homem que "amam", e pensam que se ele mudasse obteriam, como recompensa, seu amor. Justificam a ira, depressão, crueldade, indiferença, desonestidade ou o vício de seus companheiros. Acham que é possível a mudança e que delas depende.

Seus histórias pessoais podem ser de uma variedade infinita mas todas têm em comum a necessidade de sentir-se superiores e de sofrer. Obviamente, ninguém se converte em uma mulher assim por acaso. Os porquês vem de longe, em carências da infância que as levaram a um conceito de amor errado.

Desgraçadamente para nossa sociedade, sofrer por amor é romântico, não há um grande amor sem uma grande dor por parte de algum dos protagonistas. Assim, a sociedade reforça suas situações de mulheres que sofrem por amor, vomitando heroínas de dramalhões (por novelas televisivas, em filmes e no romance), que sempre vivem um grande amor pelo qual o preço a pagar é o sofrimento.

Existe um mercado saturado de histórias de amores difíceis, impossíveis, conflituosos, e isso não ajuda a mulher que se sente presa numa relação não gratificante, porque não lhe permite ver tudo o que tem de negativo ou doente que há em sua própria atitude, que a leva a não desprender-se do que a está destruindo.

Estas mulheres, que vivem num palácio ou numa favela, em um país do sul ou do norte, que trabalham como camelôs ou são reconhecidas profissionais, estão tão doentes como seus companheiros e da mesma maneira precisam de ajuda.

Características das mulheres que "amam muito"

As características emocionais das mulheres que "amam muito" segundo Robin Norwood, que estudou a fundo o tema, são:

  • Precisam dar afeto, sentir-se superiores e requisitadas.
  • Reagem emocionalmente diante de homens inacessíveis.
  • Nada representa muito esforço se acham que isso pode ajudar seu homem.
  • Esperam que ele reaja, conservam a esperança e se esforçam para que ele mude.
  • Aceitam mais de 50 por cento da responsabilidade do que não funciona no casal.
  • Seu amor próprio é baixo, por isso "ficam presas" ao que não funciona nem as faz felizes.
  • Precisam controlar seus homens e suas relações mas o dissimulam sob a aparência de ser "úteis".
  • Estão muito mais em contato com seus sonhos que com sua realidade.

Vítimas do amor

Não há atalhos para sair do vício de amar demais. Cada mulher que ama muito se auto-engana, diz a si mesma que seu problema não é tão grave. Perceber que são vítimas, começar a buscar o que é bom para elas, recorrer ao caminho para a recuperação é um desafio. Porque se a vida já é difícil para toda mulher que "ama muito", pior é tomar consciência de sua "doença".

O que é certo é que se escolhe a recuperação, deixará de ser uma mulher que sofre por amor, para passar a ser uma mulher que se ama o suficiente para deter a dor. Então poderá ver e reconhecer seu parceiro tal como é: um homem a quem não lhe importam seus sentimentos nem a relação.

Depois, certamente verá que é tão difícil recuperar-se da dependência de amores inadequados como do alcoolismo, ou de outro vício, mas é possível.

Agência S/A.

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